Poema do jornal
Carlos Drummond de Andrade
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensangüentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Drummond e o jornalismo com pressa
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Um comentário:
Blogs, microblogs... tudo é muito rápido. Por falar nisso, ainda não fucei os tais dos microblogs, mas a pulguinha já tá aqui pulando atrás das orelhas... será mesmo que acabamos de entender todos os mecanismos do blog? Já trabalhamos todo seu potencial enquanto instrumento de comunicação? Falo por mim que acabei de descobrir como colocar links na página. Será mesmo que os blogs sejam somente versões virtuais de nossos antigos diários fechados a chaves? Deve haver um tanto de coisas a fazer com essa excelente ferramenta. De mais a mais, ainda que pareça paradoxal, fico preocupada com toda essa instantaneidade do jornalismo. Digo, notícias tipo Nissin Miojo estão mais sujeitas a erros e às velhas barrigas, não?
E voltamos – como sempre – aos critérios de apuração e responsabilidade dos profissionais...
Rai Trindade
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