Norbert Wiener (foto) nasceu em 1894 no Estado de Missouri, Estados Unidos, e morreu em 1964, antes da revolução dos computadores. Graduado em Matemática aos 14 anos, já era doutor em Lógica aos 18. Mas o que tem de mais em Wiener? Ele é o reinventor da cibernética (do grego kybernetiké, que significa condutor, governador, piloto). Em 1948, o cientista lançou o livro "Cybernetics" e retomou uma definição cunhadada por Platão, na Grécia antiga, para qualificar a ação da alma.
Até então, fenômenos naturais eram explicados a partir da noção de energia, pilar da física newtoniana. A cibernética revira a explicação e revela que a informação é a base para descrever a natureza. Estudando o tratamento da informação como codificação e decodificação, retroação (feedback) e aprendizagem, entre outros, Wiener percebe que, do ponto de vista da transmissão da informação, não existe distinção entre máquinas e seres vivos.
O conhecimento humano é, na verdade, uma seleção feita a partir do que nos chega por ouvidos, olhos e boca. O volume de informações é tão grande que se não tivéssemos a capacidade de selecioná-las seríamos aniquilados por elas. Isso tudo quer dizer, segundo a cibernética, que a informação tem aspecto estatístico e assim pode ser estudada. O significado das coisas é influenciado pela regulação de um código sobre outro e vice-versa.
E toda essa discussão começou na 2ª Guerra Mundial, quando Wiener e seu colega Julian Bigelow fizeram estudos para aperfeiçoar canhões anti-aéreos. Isso resultou na formalização da noção de realimentação negativa, que foi então utilizada como base para modelos de controle de sistemas artificiais e até do sistema nervoso central.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Cibernética: Informação para explicar a natureza
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