A teoria cibernética da informação, proposta por Norbert Wiener, reconhece dois tipos de 'feedbacks' ou retornos mecânicos. Wiener propõe que o primeiro é aquele em que um esforço é equilibrado pelo seu inverso (auto-regulação). A fórmula seria assim: "quanto mais x, menos y; quanto menos x, mais y". O segundo modelo é o de auto-reforço ou a retroalimentação galopante (quanto mais x, mais y).
Os exemplos estão aí. No primeiro caso, estão a oferta e a procura, de Adam Smith, o rolar do volante ao dirigir e o equilíbrio das bicicleta. O segundo modelo, o do auto-reforço, não existe na natureza, com exceção das epidemias, em que quanto mais pessoas doentes mais doentes teremos, mas está presente na Comunicação.
Nela, temos a auto-regulação e o auto-reforço às vezes aparecendo juntos ou separados. Há duas versões. A primeira, a do círculo vicioso ou virtuoso, é auto-reguladora. É o caso de antiga propaganda de biscoitos, os que "vendem mais porque estão sempre frescos e estão sempre frescos porque vendem mais" (quanto menos, mais; quanto mais, menos).
A segunda, da popularidade ou maldição, é de auto-reforço: "quanto mais, mais" e "quanto menos, menos". Quanto mais pessoas apoiam uma idéia, mais ela cresce. O inverso também é correto: quanto menos pessoas a aceitem, menos chances ela tem de crescer. No jornalismo, a teoria de Wiener é ferramenta de análise do profissional que prescuta a realidade.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Teoria cibernética da informação
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