Dizem que fazer jornalismo numa mídia como internet requer uma práxis diferenciada do impresso. Isso faz-me lembrar de um fato ocorrido há alguns anos, quando um submarino russo afundou nas águas geladas do Mar do Norte. Durante cerca de duas semanas várias tentativas de resgate foram feitas para tentar salvar os tripulantes, que, supostamente, poderiam ainda estar vivos. Desde o primeiro dia que a notícia foi colocada como destaque do A Tarde Online esteve sempre entre as mais clicadas pelos internautas. Não deve ter sido diferente nos sites de informação pelo mundo afora. A web alarga horizontes e uma notícia distante, mas cheia de drama humano, às vezes é mais importante que um fato que aconteceu em nossa porta. Muitos dirão que o leitor online, ao contrário do impresso, busca coisas inusitadas na web. Pode até ser, mas não creio totalmente nisso. Independente da mídia, as pessoas querem mesmo são relatos humanos, textos que falem de pessoas reais, que mesmo no perigo desafiam o inevitável. E o jornalista precisa ir atrás dessa boiada. Numa entrevista ao Estadão, em 2006, o jornalista Zuenir Ventura é categórico: "Não se pode nem ficar muito à frente nem muito atrás da sociedade. A imprensa não é a vanguarda da sociedade. Não pode disparar na frente, sob pena de provocar um curto-circuito".
segunda-feira, 3 de março de 2008
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