quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Desafios para novos e antigos jornalistas

O crescimento da internet e a explosão dos websites de informação, com a mídia tradicional ocupando o ciberespaço e o aparecimento dos blogs, alterou profundamente o "fazer" jornalismo. Mas o buraco da web é mais embaixo, porque o compartilhamento de formatos, interatividade e ampliação do horizonte da comunicação criou mesmo foi o desafio gigantesco da requalificação dos jornalistas mais antigos, que, por sua vez, vão balizar o trabalho dos mais novos. No início deste ano, a Federação Nacional dos Jornalistas britânicos (NUJ, na sigla em inglês) divulgou relatório de comissão criada para estudar as mudanças que se processam nas redações daquele país com as novas responsabilidades multimídia dos profissionais [baixe o PDF]. O desafio é do tamanho do problema e não há mágica que possa resolvê-lo. Há ainda a questão da formação nas universidades, onde o caminho parece ser mais suave. Criadas no ambiente do ciberespaço, as gerações recentes parecem mais aptas a lidar com as novas ferramentas do negócio da comunicação. O que lhes falta é experiência e formação dentro das redações, o que acontecia no passado com o acompanhamento de seu trabalho pelos editores e chefes de reportagem. Temos aí um problema e duas pontas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse é um dilema crítico, para o qual não se vislumbram soluções: como jornalistas experientes, mas que desconhecem as recentes ferramentas, vão poder qualificar novos repórteres sem experiência, embora dominando os MSNs e Googles da vida?
Adauto

Anônimo disse...

É. O futuro da profissão é uma incógnita!
Meireles

Marcos Venancio disse...

A palavra-chave, a meu ver, é requalificação, e rápido.

Rai Trindade disse...

É uma discussão que vem ainda dos corredores da faculdade, na UNIBAHIA e, creio, deva ter sido comum às outras instituições. Há ainda um agravante: para onde vão as dezenas de formados jogados no mercado anualmente?! Rai Trindade