Há poucos dias uma repórter fez uma afirmação que me deixou daquele jeito que a gente fica quando não sabe se parte pra briga ou simplesmente releva e deixa pra lá. Preparando um "off" para uma reportagem de web tv, ela disse que aquilo não era pra ela: "Eu optei pelo jornal porque não gosto de televisão". Santos católicos e do candomblé! Será que vai sobrar algum espaço para os que pensam que a comunicação do futuro pode ser feita em compartimentos estanques como jornal, tv, rádio, web ou o que mais inventem? Sem querer comparar pessoas e profissionais com objetos, mas já comparando, imagine uma vitrine de delicatessen cheia de guloseimas. Há duas muito parecidas, com morandos e creme, mas uma delas é enriquecida com ferro, vitaminas A, B e C. Qual você pegaria? Voltando à vaca fria, no instante em que ouvi a afirmação da jovem jornalista não parti pra briga. Fiz o pior: fiquei calado, afinal era o final de uma jornada estafante de 7 horas. Foi uma omissão imperdoável. Deveria ter recomendado a troca de profissão à colega, porque, quando ela tiver metade do tempo que tenho de profissão, daqui a uma dezena de anos, só terá duas opções: mudar de ramo ou passar a gostar de televisão, rádio, web, videogame...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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