Houve uma época em que o jornalismo abrigava poetas e escritores como Machado de Assis e José do Patrocínio. Nem é preciso ir muito longe no tempo. Aqui em Salvador, João Ubaldo Ribeiro trabalhou no Jornal da Bahia. Há muito outros nomes, que não vou citar para não correr o risco de esquecer algum. Basta o exemplo de JUR. O fato é que a profissão foi se tornando cada vez mais técnica e especializada. O post anterior, com o poema do jornalista Chiko Kuneski, é na verdade uma carta da poesia ao jornalista que deixou de ser poeta, sem viço, sem paixão, sem nada. Endurecemos e perdemos a ternura, fomos corroídos pela tecnologia. Raramente um texto de jornal faz o leitor vibrar, rir, chorar. Mas não seria essa a função primordial do jornalista? Informação fria é como culinária pra encher barriga. Não dá prazer como um bom prato preparado com tesão.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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