Enquanto criadores testam o DNA, cães tornam-se cobaias
Por AMY HARMON
Publicado: 12 de junho de 2007
Depois de mutações, cachorros musculosos começaram a aparecer e criar confusão em exibições de cães de corrida. Criadores de animais normalmente longilíneos convidaram cientistas a tirar amostras de DNA em corridas por todo o país. Eles esperavam encontrar uma causa genética para a mutação e um modo de purgá-la da raça.
Funcionou. “Os cães brigões,” como os corpulentos são conhecidos, resultam de uma mutação genética que realça o desenvolvimento da musculatura. Os criadores não querem eliminar o gene "brigão". Cientistas descobriram que a mesma mutação que "bomba" alguns cães de corrida faz de outros os mais rápidos nas pistas.
Com um teste de DNA, "vamos manter a velocidade e eliminar os brigões,” disse Helena James, uma criadora de cães de corrida de Vancouver, em British Columbia.
Livres da maior parte dos conceitos éticos — e dificuldades práticas — associados com a prática da eugenia em seres humanos, os criadores de cães estão se valendo da nova pesquisa genética para controlar a genética canina. Companhias com nomes como Vetgen e Healthgene começaram a oferecer dúzias de testes de DNA para determinar a aparência dos cães, melhorar a sua saúde e, possivelmente logo, melhorar sua condição atlética.
Mas enquanto os criadores aplicam a precisão científica a essa antiga arte, descobrem que a perfeição genética vem com conseqüências imprevistas. E com testes de DNA no caminho dos seres humanos, as lições da intervenção na natureza dos cães podem ter reflexos tanto em nós como nos nossos melhores amigos.
“Estamos à beira de uma verdadeira revolução no modo como aplicamos a genética em nossa sociedade,” disse Mark Neff, diretor associado do laboratório de genética veterinário na Universidade da Califórnia. “É melhor ser primeiro confrontado com algumas dessas questões quando elas dizem respeito aos nossos animais do que quando elas nos concernem.”
Alguns criadores de labrador estão usando testes de DNA para garantir a cor prata de retrievers. Criadores de mastim testam pelagem felpuda para evitar os "penugentos", os filhotes de fios longos ocasionalmente originados de pais de pelo curto.
O próximo passo, dizem os geneticistas, pode ser testes para obter grandes cães, pequenos cães, cães encaracolados, cães com os sentidos do olfato mais agudos e cães que levantam as suas cabeças afetuosamente quando eles o vêem.
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terça-feira, 29 de abril de 2008
Amy Harmon e "A era do DNA" - parte 5
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