quinta-feira, 24 de abril de 2008

Amy Harmon e "A era do DNA" - parte 4

Espreitando o DNA de desconhecidos para descobrir a árvore genealógica

Por AMY HARMON
Publicado: 2 de abril de 2007

Eles colhem material da gengiva de estranhos e arrancam cabelos de cadáveres. Viajam centenas de milhas para atrair pessoas com uma velha fotografia ou, às vezes, uma bebida gratuita. A cooperação é preferida, mas não necessariamente requerida para realizar seus objetivos.

Se os genealogistas amadores da era do DNA têm akguma semelhança com membros de uma equipe "CSI", eles não pedem desculpas. Incentivados pelo advento de testes genéticos baratos, estão traçando as suas árvores genealógicas com uma sanha nunca antes vista.

“As pessoas que conhecem o potencial do DNA,” disse Katherine Borges, co-fundadora da Sociedade Internacional de Genealogia Genética, “não medirão esforços para adquiri-lo.”

Diferentemente de registros de papel, que podem ser difíceis de conseguir e mais difícil ainda checar, um teste genético pode dizer rapidamente e definitivamente se alguém tem parentesco. Mas nem todo parente potencial cede facilmente seu DNA. Alguns não gostariam de revelar segredos de família. Outros têm medo que a amostra possa ser usada para intrometer-se em outras áreas de suas vidas. E há aqueles que simplesmente não querem ser incomodados.

Esses casos inspiram táticas que estão tornando a busca genealógica, possivelmente só perdendo para jardinagem entre os passatempos prediletos dos americanos, num esporte radical.

Derrell Teat, 63, gerente numa empresa de esgotos, recentemente encontrou-se vasculhando uma lanchonete McDonalds. O homem que ela acreditava ser o último descendente masculino do irmão de seu tataravô tinha se recusado a ceder matrial genético. Ela decidiu então consegui-lo por outros meios.

“Eu ia pegar a xícara de café da lata de lixo,” disse a senhora Teat, que viajou de Tampa, Flórida, às montanhas da Geórgia, com o seu kit de teste. “Fui disposta a fazer tudo que fosse preciso.”

No passado, ela poderia ter ficado satisfeita com a pesquisa censitária de primos, que revelou que eles eram descendentes de um certo John B. Hodgins, que viveu na Carolina do Sul em 1820. Mas um teste de DNA feito num Hodgins de Oklahoma, encontrado pelo catálogo telefônico, confirmou que eles eram parentes. Agora, a senhora Teat quer identificar todos os descendentes vivos de John B. até julho, quando fará uma reunião de toda a família Hodgins.

Acossado em sua garagem, a caça da senhora Teat recusou-se a escutar o seu pedido. Possivelmente pensou que ela buscava um teste de paternidade. Em todo o caso, ele não apareceu onde tomava seu café da manhã habitual.

“Ele deixa-me louca,” disse a senhora Teat. “Sabendo que posso chegar ao âmago da questão, apenas se as pessoas cooperassem.”

No próximo ano, perto de quinhentos mil pessoas terão feito um teste de DNA, segundo estimativas de companhias que os fazem. Os testes descobrem marcas genéticas que identificam os descendentes de um indivíduo e revelam se duas pessoas compartilham um antepassado comum recente.

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