John Updike foi um daqueles novelistas que eu enxergo como um cronista da vida. O fato de ser um best seller inicialmente afastou a galera mais cabeça de sua obra. Sobre Updike, o escritor Norman Mailer dizia que era um autor apreciado por leitores que não sabiam nada sobre literatura.
A tetralogia "Rabbit", sobre a vida de Harry "Coelho" Angstrom, foi uma marca em seus livros, focados na classe média suburbana americana. "Coelho Cresce" (1981), imagem da capa da edição americana à esquerda, e "Coelho Cai" (1990) lhes deram dois prêmios Pulitzer. Levou também os prêmios American Book Awards e o Scott Fitzgerald. Mailer deve ter odiado.
Sobre a série "Rabbit-Coelho", que aborda momentos da vida de um ex-astro do basquete colegial norte-americano chamado Harry "Coelho" Angstrom, ficam algumas lições. A principal delas: viver não é fácil.
Peça importante para conhecer a alma de John Updike é o livro de memórias "Consciência à Flor da Pele" (1989). Nele, conta que se tornou escritor por causa das doenças que teve na infância: psoríase e asma. E para piorar, sofria de gagueira. Updike morreu de câncer no pulmão, uma doença que poderia matar qualquer um de seus personagens, nesta terça-feira (27).
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Updike foi o cronista da classe média suburbana
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